Borboletas de padaria
Te via de longe, todo dia da semana Eu via você passar na padaria Parada naquela mesma esquina. Seus olhos quase fechados Seu casaco azul, o céu tão cinza Você parecia dançar no asfalto, calmamente Enquanto o resto do mundo só pensava em correr. Você parecia nem se importar. Cabelo sem corte, pão de queijo na mão. Você revirava, sem saber, o meu coração. E parecia nem se importar. Se eu te escrevesse, ou te falasse Ou até te mandasse Um suco de laranja. Aí então, você me veria? Como eu te vejo toda manhã Borboletas