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Mostrando postagens de junho, 2016
Eu olhei pra ela meio de lado e sorri meio atravessado antes de atravessar a rua. Eu não queria que ela soubesse de tudo, ou então me teria na mão. Eu tinha medo do sorriso daquela morena, do jeito que ela era sem jeito quando via meus pais. Eu já fui muito babaca, já fiz cada besteira. Por muito tempo achei que não merecia ser feliz, que eu era menos. Ela me faz querer muito mais. Eu compro cappuccino pra ela de manhã e vejo um olhar que não tem preço, rotina ou roteiro. Queria que ela escrevesse o nosso. Eu só sei tocar violão e amo Machado de Assis. Ela é doida, capaz de dançar funk a noite toda, capaz de ir pro Rio só de carona. Que saudade. Eu nem lembro mais de nada, nem preciso mais daquilo. Só quero mais. Quero que ela venha me buscar de asa delta, quero que ela continue fingindo que não se importa nos corredores, enquanto de noite geme rebolando em cima de mim. Ela faz jogo, eu faço poesia. Ela ri dos problemas, eu choro à toa. Ela finge que não me vê, eu puxo ela pela cintura

Um pouco mais do tudo

O Sol bate de levinho na minha janela, tímido. Visto um short só pra fingir que tá calor. De vez em quando, pra seguir com a vida, precisamos deixar tudo que não presta mais, tudo aquilo que só tá preenchendo lacunas que estão gritando para serem livres. Nem todo vazio é ruim. Alguns sentimentos precisam ser deixados pelo caminho. Tipo no livro "Fazendo meu Filme", quando a Fani fala que quer deixar o amor deles no ar, pra quem passar poder sentir também. Essas semanas aprendi que não adianta segurar um amor que já não é mais seu, a gente só pode viver uma vida de cada vez. Sempre tive medo de deixar coisas pra trás, sempre tive medo de não ter tentado o suficiente antes de desistir. Só que agora preciso desistir, preciso parar de levar esse cacos de amor comigo pra todo lugar que vou. É tão difícil não lembrar de você quando falam por acaso em amor. Preciso de um banho de mar, de oceano, como diz o meu professor de geografia. Mesmo no frio, mesmo na chuva, mesmo que só em pe
"Sei que agente junto tá errado. Mas é que separado dói." Eu nunca tinha ficado tão balançada por um par de olhos e tão louca por um sorriso sincero. Lembro de andar "distraída e sem querer" pelas suas ruas. Enquanto o coração batia forte rezando pra te encontrar em cada esquina. E você sempre bobo demais pra notar isso. Lembro de querer te abraçar tanto que meus braços doíam. Lembro de querer que você me levantasse. Você sabe, meu amor, nunca fui muito boa em me erguer sozinha. Você parecia querer o mundo e eu achando que já tinha encontrado o meu. Você estava atravessando todos os sinais com outro alguém, sem nem olhar pros dois lados. Lembro de querer que você não fosse tão indiferente, quando indiferença era minha especialidade. Lembro que, no final, escrevi em todos os muros da sua rua nossa história inventada. Todo mundo viu. E riu. Lembro de que quando fugi, fazia sol. Lembro que só peguei o primeiro trem pra longe de você, te levando em cada parte do corpo

Só hoje

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Hoje eu só queria que alguém me abraçasse e dissesse que sou especial de algum jeito. Hoje eu só queria não me sentir tão perdida. Hoje eu só queria que não tivesse tanta gente não falando comigo, porque já decidi que não vou pedir desculpas dessa vez. Chega, eu não tô errada. Não dá pra viver se desculpando por ser quem se é do mesmo jeito que não dá pra seguir em frente esperando algo que nunca acontece. Eu cansei de passar bem na sua cara e você não tomar atitude nenhuma, eu cansei de me importar tanto COM você e importar tão pouco PRA você. Eu cansei de criar história onde só existe, olha eu nem sei o que existe. Cansei de sentir dor de cabeça por não usar o óculos e de carregar uma bolsa tão pesada. Cansei de fazer tarefa e de pensar tanto e tão alto em você. Hoje a fome não era de comida, era de carinho, de amor, de reciprocidade,  de respeito. De tudo aquilo que não cabe aqui no peito e precisa ir pra fora. Não importava quantos bolos, tortas e pães maravilhosas estivessem ali.