Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2014

Ela

Imagem
  Revoltada, era o que diziam. Ingrata. Depressiva. Maldosa. Grossa. Feia. Vadia, só de vez em quando. Sem jeito e sem futuro. Sem reação. Sem sina. Sem coração. Mas só ela sabia o quanto estava assustada. Com medo de não ser o suficiente, nem por um minuto. Com medo de machucar alguém, ou fazer isso ainda mais. Com medo de que não gostassem dela, e sentindo repulsa de si mesma por isso. Com medo de ser só um monte de átomos e palavras vazias. Com medo de ter um gosto ruim. Com medo de ser como ele e não sair nunca mais dali. Com medo de que vissem o quanto era ou parecia desprezível. Com ódio daquela situação bizarra e mais algum medo de admitir algo, só não sabia ao certo o que. Ela andava pelas ruas banhadas de Sol tentando achar uma solução, mas tudo parecia ter ido embora muito antes dela decidir se mudar. Ela já podia fazer uma lista de quais não eram as soluções, poucos nomes, poucos sentimentos e muita confusão. O relógio fazia tic-tac, tic-tac, tic-tac e mais parecia uma

Por aquelas estradas

Imagem
 E a minha alma gritava. Gritava feito a louca que andavam dizendo por aí que eu era. Isso porque não sabiam da vontade que eu tinha de rasgar a alma cada vez que falavam de você. Ainda. Eu, que já tinha tantos erros na ficha, agora também não me orgulhava disso. De um sentimento que era pra ser bom, que era pra ser seu, que era pra ser nosso. Mas o amor foi mal dividido. Você puxou sua metade e virou as costas, eu peguei o resto e saí correndo. Agora não sei onde vim parar. Não é rua sem saída, nem beco, nem muro, nem ponte. Pior que isso. É uma via de mão dupla. Direita ou esquerda? Cidade ou litoral? Ficar aqui parada é pior que seguir na contra mão. Não provoca acidentes, mas também não provoca mais nada. Meus pensamentos divergentes se divertem me confundindo, tento ponderar o peso de cada ato futuro, mas não consigo. Talvez porque o que importa de verdade é agora. Me pergunto onde será que você está, como está se sentindo e o que anda fazendo, posso te ouvir rir, vez por out

Quase um chocolate, bem, quase...

Imagem
  Caraca. Hoje lá na escola todo mundo estava se chateando com todo mundo. Confuso. Pode parecer bem triste, porque é mesmo, mas também é engraçado. Tipo: Tá um bando de gente irritado com mil coisas e aí decidem ficar irritados com as outras pessoas, essas pessoas ficam chateadas e irritadas por os outros também estarem irritantes. E, na verdade, tá todo mundo chato pra cacete. Pode ser guerra astral. Mas acho que é uma questão de aceitar o outro. Não ouvir calado e parado tudo que disserem. Mas contestar, brigar, por as coisas pra fora. E, no começo ou final, aceitar seu amigo, a sua tia, sua mãe ou qualquer outra pessoa; aceitar que eles são quem são, respirar fundo e se divertir com isso, com eles. Por experiência própria, digo que tentar “mudar” alguém é cansativo, é inútil e só faz magoar as duas pessoas. Todo pode ser muito chato e, ao mesmo tempo, muito amado e amar demais. A gente é muito, muito capaz. Acredite: vale mais um sorriso trocado.  Quando paro pra pensar, vejo