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Mostrando postagens de maio, 2014

Que eu nunca...

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“Era insano, só dois minutos haviam passado e eu já estava tagarelando. Sozinha, o que era pior. Mas tudo bem. Qualquer coisa pra não lembrar, pra não ser inundada de tanto. Coloquei o café quente no copo, coisa que eu nunca bebia. Pão com queijo, coisa que eu nunca comia. Blusa vermelha sem botões que eu nunca vestia. Perfume nenhum em especial. Cabelo feito rabo de cavalo, e eu nunca o prendia. Um livro de aventura, há anos na estante, mas que eu nunca lia. Um anel que não era o meu, sentimentos que não eram seus. Saí: Aula de história, que eu nunca ia. Quer saber? Eu queria mais era sumir. E isso era coisa que eu nunca queria.”  By: Laryssa Souza

Pra não soar errado

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  O problema é que eu realmente me apeguei a você. Para não dizer outra coisa que talvez soe errado, repito: Me apeguei. Me apeguei quando te vi, pela janela embaçada, correndo embaixo de chuva para não perder a prova de espanhol. Me apeguei quando tentei ler os traços da palma da sua mão e você deixou. Me apeguei enquanto o Sol batia na gente e nós corríamos virando a esquina. Me apeguei quando você colocou o meu anel do humor. Me apeguei quando, abraçado comigo, você chorou depois de tanto tempo e eu senti tanta vontade de virar o mundo. Me apeguei quando te vi sem arrumar o cabelo. Me apeguei quando você puxou de leve a ponta do meu cabelo e meu coração tentou pular do peito. Me apeguei foi quando te vi sorrindo com a boca cheia de coxinha. Me apeguei quando te ouvi gritar, quando te vi dançar. Me apeguei quando, andando pela praça, percebi que já não tinha saída, estar com você deixava tudo louco e assim acalmava as coisas. Era com você que eu rodaria o mundo inteiro e me sentiria

Um pouco do tal Platônico

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Vazio.   Isso era tudo que eu sentia. Era como se meu coração estivesse embalado em plástico bolha: Coberto/Protegido/Inalcançável. Não doía, não de uma forma tradicional, pelo menos.   Eu costumava achar que amar sem ser amado era uma dor forte e insana, mas na verdade não é. É algo como uma dor constante e suportável, que está sempre lá, fazendo com que cada alegria da vida pareça um pouco menor. Deixando nosso mundo mais sem cor. Dolorido.   Mas vou te dizer: É algo estupendo.   Você não está feliz, não está bem. Mas tudo está O.K se a outra pessoa estiver. Sorrimos só de ver aquele sorriso. Sentir só com uma presença aquela vontade de abraçar, tocar, beijar. E seu mundo parece mais colorido, por um momento nos esquecemos de que não há recíproca. Esquecemos o quão platônica é toda essa magia... OPA! Ela é. Daí lembramos e é como um baque. O dolorido volta.