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Mostrando postagens de abril, 2015

Pão de mel

  A culpa é sua, sabia? Eu nunca vou entender a confusão que você me causa. Seria mais fácil se você me odiasse de vez. Porque eu, eu te amo. Mas esse negócio de amor e ódio é desgastante e eu me sinto boba. Quando o bobo aqui é você. Eu sei que não posso ser quem você quer de verdade e cansei de não ser boa ou diferente o bastante. Por que estamos sempre nos sentindo menos que os outros? E ninguém aqui ta perguntando o que eu quero. Mas eu quero saber.   Faço progressiva no cabelo de três em três meses e ainda tenho os dentes meio separados, falo as coisas mais sem graça do mundo e crio labirintos antes de dormir. Sou pequena e meu nariz é exageradamente grande e minha pele é manchada. Eu me irrito do nada e discuto por bobagens. Gosto de choro que alivia e, enquanto escrevo, tudo parece muita bobagem.

Fanfic - Um Amor De Outra Galáxia... Parte 2

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   Algum tempo depois...   Gregório tira a camiseta azul escura e começa a escrever numa última folha qualquer de um caderno velho qualquer.    "É que longe de você, eu enlouqueço muito mais(8)" Batuca a caneta na mesa antes de continuar. Está tão frio, mas as palavras saem dele como fogos de artifício, mancham o papel de azul e isso parece a coisa mais certa do mundo.    Minutos, horas, segundos... Quem se importa? O tempo passa rápido demais e quando ele abre a janela com tranco, vê o céu roxo claro no mesmo tempo que um vento bate na sua cara. Como ele amava isso. O cheiro de manhã era uma das melhores coisas do mundo, era... limpo, novo, puro. Ele pega a folha, quase totalmente escrita, duas fotos e coloca tudo dentro de um envelope verde.   "Do seu mais sincero admirador." Escreve, e depois risca e não assina mais nada.    Descalço, caminha pelos corredores ainda um pouco escuros. Sente o telefone vibrar no bolso, e atende com um meio sorriso.

A menina dos "e se"

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  Acho que eu já escrevi sobre isso por aqui. E, pois bem, aqui estou eu. Onde as circunstâncias me trouxeram de novo.   Eu nunca soube muito bem o que fazer com a minha vida. Com as coisas sobre as quais eu tenho escolha. Escolhas. Nunca soube muito bem como fazê-las. Seja sobre um garoto, sobre o tema da monografia ou sobre deixar o cabelo liso ou enrolado. Essas opções me confundem. Às vezes, não consigo ver minha liberdade de escolher o que eu quiser. Às vezes tenho muito, muito medo de escolher errado. Às vezes penso demais no que os outros vão pensar e às vezes não sei o que quero de verdade.   Ser indecisa assim, sinceramente, é uma droga. Machuca, me atrasa e, sempre que isso acontece, eu fico muito triste. É tão sufocante.   “Mas ela adorava um ‘e se’.” Me escreveram um dia.   De uns tempos pra cá, venho tentado decidir mais. E decidir tem muito a ver com sinceridade. Aprendi que quando se vai fazer algo na própria vida, escolher algo, tem que escolher por
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 Vejo alguém meio assim também. Meio deixado de lado. O incrível é que todos fazem tanta questão de querer dizer o que há de errado.  Somos opostos e eu sei que ela não me quer bem.  Mas ela é só ela e eu sou só eu.  Pra mim, tanto faz.  Eu queria mesmo... Sei lá.  Felicidade.  Felicidade.  Felicidade.  Ela nunca havia importado de verdade?