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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Eu sem você e o último dia do ano

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    31 de dezembro.  O céu azul, sem nem uma luzinha solitária, tão escuro que poderia ser preto. Mas desde pequena me ensinaram que faz mal dizer que o céu está preto. Nunca entendi direito o que significava ou o porquê disso, mas afinal, existiam tantas coisas que eu não conseguia entender. Essa era apenas a primeira da lista.  Eu estava embaixo daquele céu, eu e meu vestido azul e branco. Ah, paz. E o azul, realização. Era isso o que eu queria, certo? Errado. O que eu queria mesmo era um coração novo. Mas não se pode desejar isso de Ano Novo. Ah, e também não adianta pedir pro Papai Noel. Acreditem, eu tentei. Mas me parece que não é assim que as coisas funcionam por aqui. Ou em qualquer outro lugar.  É, meu velho amigo do peito, parece que somos só nós. Nós dois contra o mundo, igualzinho antes, lembra? Vem cá, nada que um curativo não resolva.  Andam dizendo por aí que nós fomos meio maus ultimamente, que magoamos as pessoas. Acredito que ...

Shhh

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 O que ninguém sabia. Porque ninguém perguntou. Porque eu nunca disse por dizer. Era perigoso demais. As lágrimas que ninguém viu. O desespero solitário que não tinha ninguém pra acalmar, e quase ninguém pra abominar. A quase loucura que tingia as paredes. O dia que você me contundiu, me perdoe. Escondida. As palavras jogadas no ar. Era clichê dizer que ninguém entenderia. Perdidas. Talvez para sempre. Mas pra sempre é muito tempo.   Diziam por aí que não era certo.