Eu sem você e o último dia do ano
31 de dezembro. O céu azul, sem nem uma luzinha solitária, tão escuro que poderia ser preto. Mas desde pequena me ensinaram que faz mal dizer que o céu está preto. Nunca entendi direito o que significava ou o porquê disso, mas afinal, existiam tantas coisas que eu não conseguia entender. Essa era apenas a primeira da lista. Eu estava embaixo daquele céu, eu e meu vestido azul e branco. Ah, paz. E o azul, realização. Era isso o que eu queria, certo? Errado. O que eu queria mesmo era um coração novo. Mas não se pode desejar isso de Ano Novo. Ah, e também não adianta pedir pro Papai Noel. Acreditem, eu tentei. Mas me parece que não é assim que as coisas funcionam por aqui. Ou em qualquer outro lugar. É, meu velho amigo do peito, parece que somos só nós. Nós dois contra o mundo, igualzinho antes, lembra? Vem cá, nada que um curativo não resolva. Andam dizendo por aí que nós fomos meio maus ultimamente, que magoamos as pessoas. Acredito que ...