A menina dos "e se"



  Acho que eu já escrevi sobre isso por aqui. E, pois bem, aqui estou eu. Onde as circunstâncias me trouxeram de novo.
  Eu nunca soube muito bem o que fazer com a minha vida. Com as coisas sobre as quais eu tenho escolha. Escolhas. Nunca soube muito bem como fazê-las. Seja sobre um garoto, sobre o tema da monografia ou sobre deixar o cabelo liso ou enrolado. Essas opções me confundem. Às vezes, não consigo ver minha liberdade de escolher o que eu quiser. Às vezes tenho muito, muito medo de escolher errado. Às vezes penso demais no que os outros vão pensar e às vezes não sei o que quero de verdade.
  Ser indecisa assim, sinceramente, é uma droga. Machuca, me atrasa e, sempre que isso acontece, eu fico muito triste. É tão sufocante.
  “Mas ela adorava um ‘e se’.” Me escreveram um dia.
  De uns tempos pra cá, venho tentado decidir mais. E decidir tem muito a ver com sinceridade. Aprendi que quando se vai fazer algo na própria vida, escolher algo, tem que escolher por si mesmo. Aprovação de terceiros não traz paz de espírito. Só faz com que você queira jogar a culpa em alguém depois, quando, na verdade, é sua. Ou minha. Ou dele. Fala sério, odeio falar de culpa. Culpa é o cacete.
  Alguém que eu amo muito me ensinou que preciso ser sincera comigo. Esclarecer as coisas por aqui e depois ser sincera com os outros também. E essa é uma das coisas que vem me ajudado muito. Honestidade, essa sim traz paz de espírito. Não preciso ter mais medo de ver as coisas como elas são e nem ter medo de pensar, o que parece estranho escrito assim, mas não é. É muito comum e chato. Não preciso mais ter medo de tentar achar o que realmente quero também.
  E se decidir tudo errado? Tem problema não, a gente ajeita.



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