Mas, no final, Paloma sempre fazia isso. Perdia a hora, mas não perdia a maresia da praia da Tijuca. Em plena terça feira qualquer, nove da noite e ela estava ali, na areia, sozinha. Olhava pro mar, pra areia, pro céu, pra cidade e agradecia pelo dia, pela vida, por tudo. Não importava os empecilhos, ela ia até lá só porque lhe dava paz, fazia com que ela risse de leve ou chorasse de forte. Fazia com que ela se lembrasse com da solidão que era sair de casa aos 19 anos. Pois é. Essa menina de cabelo loiro e óculos de sol pendurado, havia feito exatamente isso, há um ano e meio. Mesmo contando tudo o que podia dar errado, ela foi. E nem tinha um sonho, estava em busca de um. Passagem no bolso e lágrimas, broncas da família e uma sede incontrolável de liberdade. Junta tudo com mais uma dose de sorriso fácil, Abraço forte e insegurança e terá Paloma. Havia outras coisas que ela sempre fazia no final também, como sorrir depois de um beijo bom ou tomar água de coco depois da balada. Ninguém sabia, mas ela desejava do fundo do coração um amor bem quente, antes do dia chegar ao fim.
Eu finjo. E finjo muito. E muito bem. Eu finjo que estamos conversando, que te encontro na esquina e é aí que a gente se abraça. E, meu amor, é incrível. E é eterno. Eu me desmancho nos seus braços feito a manteiga derretida que nunca fui. Você me envolveria e eu iria te sentir, eu sinto tudo. Depois, finjo que a gente ri, e sr olha. E é aí que os olhos brilham. A gente fala meio sem jeito e fica junto. Um dia inteiro, uma semana, finjo que você me beija e é bem aí que eu me perco. Em você. Lindo, eu escrevi nossa história inteira no papel do Universo com a caneta das estrelas. Só falta você olhar pro céu.
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