Quarto meio escuro, janela meio aberta. Cama branca do hotel, você sentado com o violão no colo, moreno. Parecia ter saído de outro cenário, parecia ter aparecido só pra me enlouquecer um pouco. Sua voz meio rouca, cantando Cartel, eu paro na sua frente e só consigo pensar em dançar, rebolar, tirar a roupa toda. Você encara minha calcinha com um sorriso meio torto, olhos brilhando. Larga o violão e eu subo. Me segura pela cintura, beija meu ombro de leve, aperta mais um pouco. Passo os dedos pelas suas costas e arranco sua camisa. Você me vira e me joga no colchão, eu rio sincero. Te olho de novo. Tira a calça, mexe no cabelo, morde a boca e eu te puxo com as pernas. O melhor beijo do mundo inteiro. Você passa os dedos de leve pela minha boca, e eu pela sua barriga, quadril... ahhhh. Sempre odiei o cheiro do látex, mas você faz tudo parecer um pouco melhor. Você segura minhas coxas forte, eu sinto o gelado do seu piercing entre minhas pernas. Sei que você adora quando puxo seu cabelo, mais ainda quando rebolo e me entrego em cima de você. Garoto, esse sorriso de quem se finge de inocente. Garoto, quanto tempo eu tenho até você perceber que meu coração é seu?
Eu finjo. E finjo muito. E muito bem. Eu finjo que estamos conversando, que te encontro na esquina e é aí que a gente se abraça. E, meu amor, é incrível. E é eterno. Eu me desmancho nos seus braços feito a manteiga derretida que nunca fui. Você me envolveria e eu iria te sentir, eu sinto tudo. Depois, finjo que a gente ri, e sr olha. E é aí que os olhos brilham. A gente fala meio sem jeito e fica junto. Um dia inteiro, uma semana, finjo que você me beija e é bem aí que eu me perco. Em você. Lindo, eu escrevi nossa história inteira no papel do Universo com a caneta das estrelas. Só falta você olhar pro céu.
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