Indecisão, sim ou não?

   Desistir ou lutar? Amarelo ou azul? Café ou leite? Ou café com leite? Sim ou não?

  Por fim, decidir.   

  Para mim uma das coisas mais difíceis da vida sempre foi o decidir, é um dos monstros que ficam embaixo da minha cama.

   Até as coisas mais fáceis como a roupa do dia ou a cor da caneta me fazem mergulhar numa maré de indecisão.

   Pode parecer exagero, drama até. Mas sempre que me vejo diante de dois caminhos inversos fico completamente confusa. Milhões de perguntas, medos e inseguranças vem na minha cabeça, sinto aquela conhecida sensação de ter algo abafando as batidas do meu coração e no segundo seguinte, sem que eu possa evitar, um nó se forma em minha garganta.

   Faço de tudo para fugir. Invento mil e uma desculpas. Peço conselhos. Faço o comum “minha mãe mandou”. E, por vezes, apenas fujo mesmo. Não adianta. Quando volto tudo ainda está lá.

  Uma pessoa muito importante me disse algo como isso uma vez: “Quando escolhemos algo o presente inevitavelmente vira passado, e o futuro vira presente.” E eu acredito plenamente nisso, mas não deixo de me perguntar: Como não sentir? Como não ficar olhando para trás a cada passo dado? Como não pensar no “E se?”?

  O engraçado é que a única coisa que realmente me acalma é pensar que tudo só depende de mim. Pensar que se eu fizer a melhor escolha e souber como lidar com ela, mesmo que ela não aconteça da forma como eu espero, vai ficar tudo bem. Lembrar-me que o mundo é muito grande, cheio de decisões e caminhos. E esse que estou prestes a tomar é só mais um.

   Até porque as coisas vão acontecer de um jeito ou de outro. Querendo ou não. E se temos uma chance de direcionar nosso caminho, devemos fazê-lo.

By: Laryssa Souza.