Eu finjo. E finjo muito. E muito bem. Eu finjo que estamos conversando, que te encontro na esquina e é aí que a gente se abraça. E, meu amor, é incrível. E é eterno. Eu me desmancho nos seus braços feito a manteiga derretida que nunca fui. Você me envolveria e eu iria te sentir, eu sinto tudo. Depois, finjo que a gente ri, e sr olha. E é aí que os olhos brilham. A gente fala meio sem jeito e fica junto. Um dia inteiro, uma semana, finjo que você me beija e é bem aí que eu me perco. Em você. Lindo, eu escrevi nossa história inteira no papel do Universo com a caneta das estrelas. Só falta você olhar pro céu.
"A vida acontece todos os dias, independentemente do que você deseje ou queira. Mesmo que você se feche para o mundo, ela ainda vai acontecer. O sol nascerá, a tarde cairá, o céu se cobrirá de estrelas e a lua se iluminará. E o que tiver de acontecer vai acontecer. Mesmo que você compre uma máquina do tempo e volte as vezes que julgar necessárias para consertar todas as burradas que fez no passado. Vai acontecer. Você sabe por quê? Porque precisamos de decepções para amadurecer. Sem elas, nada seríamos. É como se a cada decepção nos fosse dado um frasco de vida, e cada vez que nos machucamos temos mais vontade de viver. Se não existissem as dores do mundo, seríamos todos frágeis, fracos, feito papéis que se rasgam facilmente com qualquer puxão. Então que venham as decepções, as quedas, as feridas abertas, as cicatrizes, o sangue espalhado pelo chão." A vida passa muito depressa. O dia já está acabando, não vale a pena esperar para viver, vão te julgar o tempo todo, re
Sim, isso foi pouco antes de eu aprender a me deleitar na minha própria solidão. Deitei a cabeça no seu ombro e me perguntei “por que tão longe?” enquanto nossos dedos se entrelaçavam e eu encarava as listras rosa e roxas das suas meias ¾. Eu estava perdido e esse clichê gigantesco me guiava pelas prateleiras de livros Cult, pelas coleções da Folha sobre arte em bancas de jornal e pelas bandas cujas músicas embalaram nosso romance pequeno-burguês. Eu te queria porque você era feito um portal pros meus devaneios mais loucos, porque mesmo longe das garrafas de vodka- que a gente evitava nas festas, afinal, éramos tolos demais pra negar de todo aquilo que não nos apetecia- você me fazia viajar dentro do mesmo espaço-tempo de sempre. Seu cabelo castanho “sem graça” parecia aquecer tudo ao redor e quando o vento cortante me fazia tremer, você não me segurava. Porque nós dois sabíamos a importância de cair. Toda vez que eu defendia Adam Smith e você refutava meus conceitos dizendo que qual
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