Que loucura, menina


      E ele tava ali deitado, meio bagunçado no meio do emaranhado de lençóis brancos. O braço meio na frente do rosto, as costas pintadas e o cabelo preto jogado no travesseiro. A boca meio aberta, os olhos incríveis fechados. Cacete, ele era lindo. Ele ali respirando fundo e eu sentada no chão de carpete, de frente pra cama, nua, observando tipo uma maníaca, as minhas pernas doíam um pouco, sorri. Lembrei da minha serenata e de todo o resto. Meus dedos ficaram com calos por semanas até aprender a maldita música. "Pra você guardei o amor que nunca soube dar o amor que tive e vi sem me mostrar sem ti sem consegui provar (8)". Lembrei das margaridas e das risadas loucas, da vodka e da gente tirando a roupa. Dos erros todos, o roteirista da nossa história amava um drama, e eu amava ele. Faria mais mil serenatas só pra ver aquela cara de menino surpreso com a vida de novo. Eu tiro a roupa no meio da rua se ele pedir. Ri comigo pensando isso. Balancei a cabeça e passei a mão o cabelo. Que loucura, menina. 




By: Lary

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