Abro e fecho livros aleatórios, ando pela casa, busco um copo d'água e me esqueço na janela. O céu se faz de azul, laranja e depois, roxo. O vento bagunça meu cabelo imitando minhas atitudes, que bagunçam minha vida. É feito roda-gigante travada no meio, que droga, amor, não consigo te ver daqui. As estrelas são a poesia do Universo e eu me pergunto aquilo que nunca se deve perguntar, por quê? De todos os mundos existentes, este me acolhe e eu sou dele, tão completamente dele que ele inteiro é meu. E juntos nos fundimos na instantânea eternidade da existência. As vezes, no meio da noite, quando me dou conta do que sou, desejo ser um pouco mais. O teto me encara antes que eu feche os olhos e deseje ter asas, sorrir sem a culpa de não me sentir completa e poder voltar no tempo para aqueles anos nos quais eu não existia como eu, mas como a energia que é o próprio Tudo, ou, para os espíritas, como outra pessoa, outra vida que me torce o coração simplesmente não lembrar. Me imagino num ...