Abro e fecho livros aleatórios, ando pela casa, busco um copo d'água e me esqueço na janela. O céu se faz de azul, laranja e depois, roxo. O vento bagunça meu cabelo imitando minhas atitudes, que bagunçam minha vida. É feito roda-gigante travada no meio, que droga, amor, não consigo te ver daqui. As estrelas são a poesia do Universo e eu me pergunto aquilo que nunca se deve perguntar, por quê? De todos os mundos existentes, este me acolhe e eu sou dele, tão completamente dele que ele inteiro é meu. E juntos nos fundimos na instantânea eternidade da existência. As vezes, no meio da noite, quando me dou conta do que sou, desejo ser um pouco mais. O teto me encara antes que eu feche os olhos e deseje ter asas, sorrir sem a culpa de não me sentir completa e poder voltar no tempo para aqueles anos nos quais eu não existia como eu, mas como a energia que é o próprio Tudo, ou, para os espíritas, como outra pessoa, outra vida que me torce o coração simplesmente não lembrar. Me imagino num pedestal e em como poderia ser linda se nele estivesse, me refaço em princípios egoístas e esqueço que o infinito que sempre busquei, é feito no dia a dia. A glória pode durar quatro séculos de um Império ou só uns segundos pequenos de um beijo bem dado, mas só ela não basta. Sou humana, frágil, teimosa, confusa, perdida nos versos que sempre quis saber criar e preciso de muito mais.



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