post it pra ontem

mesmo sem querer, mesmo sem planejar ou intencionar listas e metas, eu reflito. Paro e penso. Peso as medidas, as falas, os atos, as posses. O futuro não tem peso, ele simplesmente não existe. Ainda. tento colocar num saco de lixo tudo aquilo que não quero carregar esse ano, mas quando a gente joga algo fora, nunca é realmente 'fora', né? o planeta ainda é nossa casa. okay, nosso condomínio. Já que de casa mesmo, a gente só leva o corpo e cobra o aluguel de alguns abraços. quando eu precisar de abrigo, quando minha alma ficar tão inquieta que um corpo só não vai ser suficiente, me deixa passar a noite em você? algumas coisas que não quero trazer comigo são coloridas, outras têm sorrisos perigosos demais, tem também aquelas que me atrasam até as horas adiantadas e aí eu preciso correr pra não perder o tempo. por que ele sempre foge de nós? às vezes não somos fortes o bastante para retê-lo e olha que ele é pura invenção humana, os dias nunca solicitaram a moradia em um calendário. tenho medo de estar atrasada para a minha vida. de que tenha pegado o trem da existência errado e agora seja somente anacrônica. o "não me encaixar" diz que sim, mas o vento batendo na minha cara pela janela do carro teima que ainda dá pra fazer algo a respeito. ainda. às vezes a gente esquece que já vive no futuro, um futuro antigo que agora se faz presente. Presente. Obrigada.


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